Trauma

É a trave da alma

De um espinho

Perfurante

Que sangra

Mas não coagula

Estrangula a memória

Destemperança

De um momento cristalizado

Sentimento pregado

Ecos de uma dor

Silenciosa

E que silencia

É ferida aberta

Da doença que fechou

Então qual a cura?

Amor próprio

Que incinera

O eu que passou

Das cinzas

Abre os braços

E voa

Para uma nova versão

Que faz as pazes

Com a guerra que travou

Entre mortas lembranças

Todas vencidas

Saber que se venceu