As próprias tempestades






Nada se prolonga, a eternidade é ilusão,
a existência é minha, tão somente.
Fui esperança, fui passagem, sou solidão,
de seguir a estrada, desisti, desejos abandonei
sem quebrar o encanto que é viver.

Há mistério, beleza e surpresas.
Fragmentos, tristeza mágica, transformada 
em felicidade...

O vento frio passou, levando a minha alma,
anunciava um temporal, e muita chuva
para lavar as tristezas, resfriar inúteis aflições.
O vento fez com que eu voltasse a mim.
Saí daquele pedaço de chão, deixei para trás
uma cidade inexistente, os pensamentos
traíram os meus olhos, me resgatando do fictício.

Vento frio, vivo, que passa, e que me acalma,
essa noite soprará os sonhos, que eu preciso,
quero dormir nessa brisa, amenizar minhas
próprias tempestades.
Recuar, entender que há tempo para tudo.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 24/04/2018
Reeditado em 17/08/2021
Código do texto: T6318298
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.