UMA NINHADA E UM COMPADRE

Alí, bem do lado da pontinha da cumai Norfa,

onde o bambuzero drobra suas foia até nu chão.

bem alí, mai bem alí memo,

que vi a ninhada da galinha da cumai Duvirge.

Tinha deisovo, tudo pronto pá cumeçá chocá.

Uai, fiquei pensano: cumé que essa galinha carijó da cumai Duvirge vai fazê pá chocá tudo isso e tirá us pintin?

Inda mai que nesse chilindró qui ela feis,

moia pá mai di meto. Qui trem doido sô!

Mai tá bão, contei pá cumai Norfa e ela não deu nem bola.

A cumai Duvirge falô que era pá deixá esse trem prá lá.

Uai, diante da ignoranza das dua

acho que vô cuidá dessa ninhada.

Ninguém tá quereno memo!

Eita lasquera!

Uai, vamo ficá quitin, e quando nascê us pintin duovo,

nói leva pá casa!

Uai, ninguém qué essi trem memo!

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 15/03/2018
Reeditado em 15/03/2018
Código do texto: T6280631
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