MULHER, SER ÚNICO.

Em minhas muitas entradas e saídas,

pelos tribunais da vida.

Sempre me deparei com histórias.

Histórias contadas e ditas;

ouvidas pelas vozes trêmulas

e sofridas das marias da vida.

Violadas, aprisionadas e violentadas,

em seus direitos sagrados, no dia a dia.

Marias com seus sofrimentos:

Físicos, psicológicos, moral e sexual.

Num ambiente doméstico, familiar,

educacional e profissional.

Abaladas, desprotegidas, esquecidas.

Mulheres que geram outras vidas.

Maquiladas, escondidas embaixo de seus véus.

Com seus olhos avermelhados, arroxeados e amargurados.

Molhados pelos sofrimentos; suportados em silêncio.

Com as marcas da dor e do pavor da dura vida.

Numa eterna lembrança de angustias e de solidão.

Marcadas pelas tristezas, poucas alegrias .

Apagadas de seus sorrisos; Pela pura covardia.

Das feridas deixadas na carne.

Cravadas cicatrizes que nunca se apagarão,

Machucadas a cada instante.

Marcas eternas deixadas. Por um falso amor,

brutalizado de ilusão.

Marias. Afogadas em suas mágoas num vazio de solidão

Bruno Down
Enviado por Bruno Down em 08/03/2018
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6274531
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