Disse o Sol a Lua

Certo dia o Sol encontrou-se por acaso com a Lua, aquele brilho profundo e intenso do Sol assustou a Lua tão quieta e tímida. Ele então a perguntou: - o que fazes por aqui querida Lua? A Lua tão grossa o respondeu: - o que fazes tu a querer saber da minha Vida? O Sol tão doce quanto o cheiro das rosas, a disse sem nenhuma grosseria ou sarcasmo: Querida Lua se estas a pensar sobre os teus defeitos, deixes por um instante agora, penses um pouco e olhe em volta a esse bosque, veja que existem várias Flores, Árvores e até borboletas, olhe de uma forma bela tudo isto e aquilo, chegue mais perto do lago e tente ao menos ver o seu próprio reflexo, lembras-te do grande Narciso que vinha todos os dias debruçar-se neste mesmo lago, em busca de ver por entre as águas a sua própria beleza, veja por outro lado também que o lago nunca viu a beleza de Narciso, e que choraste não pela sua morte, mas sim por que todas as vezes que Narciso ia debruçar-se nas suas margens ele podias ver no fundo dos seus olhos, a sua própria beleza reflectida. Sim, Narciso morreste por seu próprio amor, mas se prestaste atenção ele o amava como ninguém podias amar, tu olhas só teus defeitos por que não paraste para ver o quanto és bela querida Lua, vejas que tu podes se transformar no que mais desejas, penses que as noites frias acalenta-se sobre teus braços e que o céu não serias o mesmo sem tu. A Lua tão iluminada respondeu: - sou a luz das noites frias e desertas, sou a companhia mais iluminada que os ventos poderiam imaginar, e isto foi o Sol tão quente e luminoso quem me ensinou!

Viviany Souza
Enviado por Viviany Souza em 24/02/2018
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