Fechadura entortada.

A madrugada que surge em sua noite alheia a qualquer dor.

A chuva dentro do escuro quarto que janela afora nada molha.

A manta que aquece o corpo mas ignora a alma que segue endurecendo qualquer resquício de emoção.

O vazio que espera se transformar em gelo para com nada mais se indispor.

As palavras que tentam expulsar o dissabor de projeções ludibriadoras.

E a fechadura entortada que tantos anos levou para ser usada...

Restringe-se a obstruir a passagem de qualquer chave nova ou antiga disfarçada.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 11/01/2018
Código do texto: T6222831
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