Ao Som de Woman in Chains, Eu e o Rio

“Para a doença masculina do autodesprezo, o remédio mais seguro é ser amado por uma mulher inteligente”.

Friedrich Nietzsche

Um rio, onde as águas tilintam com o brilho fornecido pelo sol, reverenciando a vida. Um assovio verde no fim de tarde, ondula o curso das águas, e faz o destino do pensamento um movimento de vida. Um rio, que sabe a dualidade das coisas, porém segue forte, contornando a pedra da incerteza triste.

Grita, geme e chora silenciosamente junto á árvore tombada, sugando o pó das esperanças tristes, espalhadas pelo vento. Dorme e apodera-se do gigante verde negro profundo, festa das criaturas noturnas, repouso das mentes soturnas. Era o inverno do coração e das águas, embebidas em uma melancolia doente e covarde, mas por hora necessária.

Natureza que ilustra, sem revolta. Ansiolítico de Narciso, que nunca negara a própria essência.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 06/10/2017
Reeditado em 16/10/2017
Código do texto: T6134868
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