Entre sinos e sinais.
Como se o desperdício fosse uma benção e desfalecesse dúvidas
Sigo largado como se não houvesse roteiro
Perco o tempo preocupado em não estar só
Eu me faço o mal por te pensar sendo o bem.
Seus dogmas, daqui, não mais parecem melhores que os meus.
O amor está em todos e não vem de frases e ou ditas.
Posso me barbear, cortar o cabelo, passar creme e desfaçar rugas
mas a dúvida já está escondida em meu pensamento:
São tantos carrinhos de bebês para poucas escolas
As avenidas são longas, há muitos uniformes e poucas logomarcas.
Em frente sempre muros pintados tipo Mauricio de Sousa.
A cada esquina têm-se copos com cachaça.
Sem livros contam-se estórias em ponto de ônibus
sobre saías curtas, cabelos pintados ou sexo duvidoso.
Enquanto empilhados nos acumulamos em concreto e
somos copiados com a certeza de promover o progresso.