Amor Platônico Amor

Pelos caminhos da vida, errante porfiei

Por brejos encantados, dias e noites vaguei

Gata borralheira a colecionar beijos de sapos

Enquanto meu príncipe era por outra, encantado.

Passaram os anos da infância

As delicias da puberdade

Amores balzaquianos

Só a inquietude do amor não amado não passa

E de repente, não mais que de repente

Surpreendo-me a parafrasear o grande poeta

Eu sei que vou te amar...

Por toda a minha vida eu vou te amar!

Sem jamais tocar seu corpo

Desfrutar o sabor dos beijos teus

Terei que aprender a seguir desiludida

Sonhando esse amor que é só meu

Brincando com a imaginação

Me tocando para sentir o calor das suas mãos

Imaginando teu sorriso

Ouvindo os teus aísss...

Perdida em um mundo que eu mesma criei!

Lúcia Peixoto
Enviado por Lúcia Peixoto em 01/08/2017
Reeditado em 01/08/2017
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