Seres Poeirentos
Seria o mundo, talvez, diferente a alguns olhos(?)
Todos aprendemos as cores, mas nem todos as veem.
Claro, todas as enxergam
Mas, todos as veem?
Arrisco dizer que não.
Todos olham o verde da mesma forma?
Somos diferentes.
Se não temos sentimentos, comportamentos ou condutas iguais, por quê deveríamos enxergar igual ?
Por quê deveríamos enxergar igual?
Nem todos veem magia ao olhar para o céu,
ou para as ondas e o horizonte além delas,
tentando adivinhar o que tem lá,
como seria,
qual o sentimento;
muitos só veem água.
Salgada e sem graça.
Esses são os Cinzas.
Contaminamos pelo espirito urbano, esses robôs não conseguem compreender a beleza de um mar, ou do céu estrelado, da imensidão que tem lá em cima.
Eles não olham o céu ao sair pela manhã, ou o pôr do sol, ou a lua.
Ou eles mesmos.
Eles são Cinza por quê toda a poluição e sujeira urbana os contaminou, está impregnada em seus corpos e corroe seus espíritos.
São cinza, da cor da fumaça malcheirosa que sai dos carros, das indústrias,
da morte da natureza, a mãe primária,
que eles não respeitam.
Deveriam.
Ò Mãe de Todos que Descendem da Terra, Terrível em sua Fúria, tenha piedade deles.
Crescer é necessário, mas eles levam muito a sério.
Ganhar dinheiro é prioridade, nada vence o dinheiro.
Mas esquecem que a nota é papel,
que vem das árvores,
que são a verdadeira beleza do mundo.
A natureza,
Ò natureza.
Bela e poderosa, graciosa e hipnotizante.
Para quem consegue ver essa grandeza.
Não para ignorantes cor de cinza.