“Um cenário de barbárie”
O sangue escorrendo
nos noticiários
Minha Belém do Pará
Um cenário de Barbárie
Parando para pensar
Penso que o descontrole
Já chegou ao seu limite
Não sei aonde vai parar
Metrópole da Amazônia
Dos rios da minha rua
Do mangal das garças
Das mangas que saciam a fome
Das chuvas com hora marcada
Do sabor da nossa cultura
Do gostoso tacacá
Das tardes ensolaradas
Ah! Minha querida.
Quando é que vão parar?
Inocentes violentados
Numa luta desigual
Parecendo o Velho Oeste
Em cavalos e armados
Chegam sempre galopando
Atirando para todos os lados
Matam sem dó nem compaixão
Somos todos vitimados
Desafiam o Estado
Como se tudo fosse normal
Dá um aperto no coração
Não sabemos quem é bandido
Muito menos cidadão
Parece tudo igual
Nem sei quem tem razão
Neste mundo desigual