“Um cenário de barbárie”

O sangue escorrendo

nos noticiários

Minha Belém do Pará

Um cenário de Barbárie

Parando para pensar

Penso que o descontrole

Já chegou ao seu limite

Não sei aonde vai parar

Metrópole da Amazônia

Dos rios da minha rua

Do mangal das garças

Das mangas que saciam a fome

Das chuvas com hora marcada

Do sabor da nossa cultura

Do gostoso tacacá

Das tardes ensolaradas

Ah! Minha querida.

Quando é que vão parar?

Inocentes violentados

Numa luta desigual

Parecendo o Velho Oeste

Em cavalos e armados

Chegam sempre galopando

Atirando para todos os lados

Matam sem dó nem compaixão

Somos todos vitimados

Desafiam o Estado

Como se tudo fosse normal

Dá um aperto no coração

Não sabemos quem é bandido

Muito menos cidadão

Parece tudo igual

Nem sei quem tem razão

Neste mundo desigual

Bruno Down
Enviado por Bruno Down em 28/06/2017
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