Distração ferroviária
Créditos expirados e as luzes diversas dos prédios que eu via da tua casa
e a janela que se encontrava a chave
Reestabelecido o contato e a conexão esvaecida das pessoas que só ficam sentadas e só olham pra baixo,
a roleta parada nos passos perdidos das pernas apressadas
Fluxo constante e movimentação pra lá de escassa, todos se desconfortam com a lata
E falar sobre a fragilidade da situação social da cidade já se musicalizou clichê:
se esbarram
e suas cores não se borram
Minhoca de ferro que se desloca
Túneis de sacadas
Trilhos enferrujados,
barulho e descaso
Estação ferroviária: até quem não tem hora se atrasa
Seu relógio de tempos desligado pela marca d'água dispara
áspera
chego fraca
esperança intacta
Cidade de pedra ainda nos mata