"Algumas coisas que eu já fiz..."

Eu já cometi erros.... já tentei trocar pessoas por “virtudes” esperando que um dia o jeito delas mude , já tentei esquecer o que não podia ser esquecido e quando percebi meu nome estava na caixinha de “achados” e “perdidos” (...) Já me aborreci, e também já aborreci alguém.... Já menti para proteger, já menti por medo e já menti algumas vezes, porque me pediram segredo e certa vez tive que mentir “que menti” (...) Já ri em horas que preferia “chorar” , quem sabe apenas para me enganar, eu já perdi amigos... fiz inimigos e alguns deles hoje riem “comigo”. Já perdi as contas de quantas vezes me perdi, e quantas vezes fui encontrado e algumas vezes também me “desencontrei” por opção, já disse sim e depois não, e no minuto seguinte me contentei apenas com “seu talvez” na palma de minha mão (...) Já pensei que fosse morrer, e já morri por segundos, já fiz perguntas ao mundo e o pior é que ele respondeu: “Que o problema sou eu....” , o ignorei claro (...) e agora não conversamos muito, isso é bem raro. Já fui guerra no instante “seguinte” que deixei de ser paz, já andei distraído no “escuro” sem olhar para trás, já fui escuro também em alguns dias que tanto faz (...) Já voei baixo, já fiz rasante.... e já fiquei alguns dias bem inconstante, fingindo ter equilíbrio, neste instante que me “vi....” mais caído (...) Levantei, virei a página, fiz uma nova introdução, assinei no rodapé e dei no pé. Já voltei à lugares que não gostei e passei a gostar menos ainda, resolvi não voltar a lugares que gostei com medo de não encontrar os “olhares” que lá deixei (...) Já perdi à hora, o velório e alguns enterros, e também já desenterrei alguns medos, olhei bem para “cara” deles e voltei a enterrar (...) Já parei... já corri, já me diverti fazendo (você )rir, fui então palhaço sem palco... sem nariz vermelho e em alguns momentos de minha vida não “consegui” ver meu reflexo no espelho (...) Já me desesperei quando o relógio não parava, e eu precisava chegar mais cedo.... e também já perdi muito tempo por chegar cedo demais, já me disseram que as nuvens não eram de algodão, que as vezes os ventos erram a direção, e tenho “quase” certeza que eu já ouvi isso numa canção (...) Já cantei uma única música até cansar.... e no dia seguinte esqueci a letra, já me peguei fazendo careta.... e odiei, a sua bota “cano baixo” preta. Já fui pôr do sol, já falei sobre o mar, o amar e já brinquei de amor, e por onde eu for.... irei lembrar de todas as coisas que eu já fiz, acho que até sou feliz.

(....) Esqueci de dizer que já colhi estrelas, mas uma perdi... e era a que mais me fazia sorrir.

JLuis in Verve
Enviado por JLuis in Verve em 14/06/2017
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