Ambiguidade Dúbia

Como consigo sentir-me tão cheio

E tão vazio ao mesmo tempo...

Reflexo de quebras de paradigmas?

Reminiscências de um passado não tao distante?

Desigualdade de áreas diferentes na vida?

Sim, sim e sim

A gente se complica como seres humanos

Onde foi parar nossa época

Que nos juntávamos e sorriamos por ter algo simples em comum

Tipo uma banda, um ator ou atriz, uma serie

Já sendo motivo suficiente de trocarmos palavras alegres

Sorrindo e partilhando uma refeição em comum?

Do que entre infinidades

De afinidades

Aparece uma estranheza que incrivelmente

Se torna o motivo de torcermos o nariz e nos afastar

Do novo e do diferente

Temos medo de parecermos bobos e deslocados

Mas todos somos bobos e deslocados!

Ninguém se encaixa em todo o lugar o tempo todo

Porém fraquejamos quando sentimo-nos sós

Mesmo com o coração dolorido e solitário

Fui recebido com olhares brilhantes

Abraços leves de pesos incomensuráveis

E sorrisos de brilho invejável

Vocês não sabem

Mas deram sopro de vida

A esse calejado poeta

Edu Campagnolo
Enviado por Edu Campagnolo em 06/06/2017
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