Festa na praça

Hoje quero sentar num banco no meio da praça ao seu lado; ela é minha

Duvido que você sabia que tenho uma praça encantada; agora já sabe

Quero o sossego de comer algodão doce e me lambuzar toda de sorvete

Quero me banhar na fonte de água fresca que está logo ali - Olha!

Os passarinhos darão conta do musical orquestrado pela natureza

Quero o sol explodindo em cores no céu iluminando nossos esboços

Quero nossos tons entrelaçados num desenho único e intrigante

Vamos fazer festa na praça vazia enquanto a realidade engole multidões

O que é realismo é tão dependente de tudo, de tantos e tão em vão

Hoje preciso do chão para brincar de viver e sonhar acordada com você

Hoje quero comer do seu fruto, sentada no galho da árvore na qual subirei

Que se creia que seja tudo, que seja nada; não importa, nada não existe

Quero rir, andar de mãos dadas e almas pulsantes pelo gramado proibido

Hoje quero tudo que não pode, porque determinaram assim, quero revolução

Não preciso de bandeiras e nem alaridos para que a alegria ocorra livre

Corra comigo pelas letras salpicadas e em desordem; estão ao nosso dispor

Espantei pontuações, destruí rimas, quebrei regras que existem só para restringir

Cortarei todas as linhas dos balões suspensos e esquecidos, das pipas também

Que reine a anarquia, porque quero fazer travessuras e gostosuras também

Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 08/05/2017
Código do texto: T5993277
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