Ode ao Nordestino

Ode ao nordestino

Eita que já to cansado de ouvir desse povo abestalhado

Que o nordeste e o nordestino pra nada presta

Que aqui pras bandas do nordeste a preguiça impera

E que na Bahia tudo é festa.

Quanta besteira pra se falar, ao menos se dê ao luxo de pesquisar.

Tudo que aqui acontece e se passa, mas já que vocês não o fazem... Eu vou lhes ajudar.

E antes que fique tarde, a licença poética que me perdoe.

E os mais cultos me ouçam falar; Sim! Nordestino é bicho inteligente.

E também sabe os verbos conjugar.

Tanta coisa bonita pra falar de nossa terra,

Das praias a comida, da nossa gente aguerrida e porque não das nossas festas...

Tanta luta que vivemos, tanta batalha que travamos, quanta dor nos foi dada.

O sertão não virou mar, mas flori de tempos em tempos pra seu povo agraciar.

As vezes falta água em nossa casa, falta comida no nosso prato

È com lida e labuta que dia após dia nos mantemos de pé

Sempre com um sorriso nos lábios, por vezes uma lagrima nos rosto.

Pedimos que nos falte tudo, mas não nos falte a nossa fé.

Ora pois meu amigo, se me permites; meu irmão.

O nordeste tem sido para muitos fonte de inspiração.

Veja só: Jorge Amado, Zélia Gattai, João Ubaldo, Gregório de Matos e também o Riachão

Nem ia falar aqui da nossa musica; mas dessa não posso abrir mão.

Daniela, Bell, Adelmario Coelho, Carlinhos e Pitty

Ivete, João Gilberto, Pepeu Gomes, Raul Seixas

O Raulzito ou melhor (o maluco beleza)

Ta aí nosso exemplo de diversidade, do axé ao rock.

Do forró ao samba, sempre com muita dignidade.

Ah! E tem ainda Virginia Rodrigues, Tom Zé e Zéu Brito com vozes de ouro

Mas pra finalizar, e que a memória não me traia, deixo apenas de lembrete.

Que a Tropicália, foi feita por nossa gente.

Gil, Caetano, Bethania e Gal, os doces bárbaros deste país tropical.

Mas olhe só, não se avexe com isso não e nem se deixe abater

Minha gente é muito simples, humana pra com miúdos se ofender

E tem disparidade aí onde você vê incultura eu vejo saber.

Meu povo tem amor, carinho e muita sabedoria pra dar e vender.

Agora vou deixar uma breve reflexão

Se cada um dá o que tem eu lhe dou a minha mão.

Vim pra escrever minha historia e vou fazê-la mesmo com toda humilhação.

Não é o bolsa-família que alimenta meus filhos e muito menos me dá meu pão.

E sem em querer desmerecer a grandeza e a importância do projeto,

È o suor, o sangue e as lagrimas da minha gente que com braço forte ergueu essa nação

E pra finalizar com estilo, me responda sem demora já que você é dono da erudição.

Quem construiria a sua cidade, se eu nordestino, não saísse de meu sertão?

Mathos
Enviado por Mathos em 27/03/2017
Código do texto: T5953559
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