No Calor do Entardecer.
Atravessava a avenida ensolarada da pequena cidade.
Havia sujeira, biscates e ambulantes amontoados à multidão de moscas, velhas decrépitas e crianças maltrapilhas...
Ia rumo ao mercado comprar um par de chinelos havaianos. Arrastava um pé puído e arrebentado. Manquitolava e pensava no Morro dos Ventos Uivantes e naquelas fantasmagóricas Irmãs Brontë, Charlotte, Emily e Anne.
Ao seu lado, suada, amada e feroz, caminhava sua esposa de mãos dadas ao seu pequeno filho, que arrotava e ria...
Naquela vaga tarde de fevereiro, atordoados pelos problemas mundanos, a crise e a guerra do dia a dia, eram três almas ultrapassando as fronteiras da desesperança.