Traspassando a Dor com o Amor
Em verdade eu vos digo:
Quando se chega a uma certa altura da caminhada
Em um certo ponto do amadurecimento
Um balanço do vivido é ofertado... seu saldo?
Em meu íntimo se trava uma guerra...
Há horas que todo conhecimento do mundo
se encerra em mim, inspirada?
Há horas que meu discernimento se esvai.
Não consigo pensar, tudo turva, insana?
As duas coisas geram medo.
Há horas em que se defrontar com a dor
percebe tão lancinante que é custoso crer
como algo assim pode acontecer
Há horas que esse defrontar a dor
é feita com tal frieza que não entendo...
Quando fiquei oca ? Estranheza.
As duas coisas gestam a fuga
Há horas que me sinto indequada, fora de propósito;
Tão deslocada que o ar em minha volta pesa
O ser desprezível...
Há horas que estou tão inserida,
que o mundo parece girar ao meu redor
sou parte do todo. Desconfiança.
As duas coisas causam insegurança.
Bah! já estou em combate tempo demais...
Essas linhas, acredite, foi para falar de amor
Sei que eu o sinto, Amo!
Como assim, o que tem a ver?
O toque do amor me fez sentir tudo...
Estranheza, medo, desconfiança;
insanidade, insegurança e a fuga.
Tudo isso já ardia antes do toque
Sem ele só doia, tormento;
Com o amor, o consolo, o lenitivo, a força;
Em verdade... o balancete...
Assuma o que estiver sentindo, assuma o controle;
Sinta a dor e deixe ela ir, cresça, melhore e viva;
Sinta o amor e o distribua, cresça, melhore e viva...