Mar Sem Estrelas
Por: Alexandre d’ Oliveira
 
 
Sei que ás vezes eu pareço ser azedo, outra um pouco salgado, doce, muito doce. Mas jamais quero parecer pra você pegajoso. Eu quero receber e dar amor, carinho, e compreensão. Ser teu amigo, cúmplice a todo instante. Também não preciso dizer que por você eu vou  mais além.
Por  você eu faço tudo, eu sou côncavo e você convexo   me viro, dou meu jeito e por decreto algum eu troco você por alguém.

 E assim, como bem sabemos panela velha é que dar comida boa, e esse seu rebolado muito me satisfaz. Sinto prazer, e vou as alturas, Sou menino levado, e dengoso no que eu quero de você  se eu quero muito mais. 
Já estou bem acostumado com todo teu ritmo, e não sou maluco de querer mexer em time que ganha, isto eu sei muito bem como administrar. Pois não há coisa melhor do que não fazer nada, se muito eu tenho, tenho mania de você.

Por você  eu já fui ao fim do mundo, mergulhei profundo e vi este de cabeça pra baixo daquela vez que percebi que somente eu não tinha os olhos puxados, nem tampouco aquela cara de pastel paulistano que tanto vemos pelas vias da vida transitar. 
Mas que na realidade no nosso habitat natural, eu vejo esses como bastante inteligentes.  Eu sei que ás vezes, eu sou meio amargo, que passo bem rápido do quente pro’ frio, do frio pro’ quente. Mas quem não passa, não é?...

Depende muito de cada amanhecer. Tem que existir frenesi na nossa relação  sempre tem de haver boa temperatura. Pois que faça chuva ou faça sol.  Que a noite esteja sem estrelas, e que o dia por suposto continue nublado eu sei sim que irei fazer tudo para merecer você.
Você é meu doce amor. Sabe por quê?... Porque não há mar sem estrelas que não possamos por elas, nos guiar. O calado se ver profundo, mas malandro sempre dá a volta por cima. Porque malandro é malandro e Mané, é Mané. Eu sei, eu sei o quanto, eu sou gosto!