Amor maior

Quanto amamos numa vida?

Quantos amores diferentes?

Era amor o que sentíamos ou somente a alma embaraçada não querendo ficar sozinha?

Juramos amor eterno, para logo depois, afastarmos os olhares, os lábios, os corpos e as almas, ou será que as almas nunca se uniram? Será que de facto temos alma? E amor, alguma vez teremos sentido?

Foi amor o que fez bater mais forte o coração, arrepiar o corpo, corar o rosto, desejar um corpo numa mesma vontade carnal?

Quantas noites mal dormidas, quantos dias destroçados, lamentando algo que não deu certo, chorando com saudade, ou somente sorrindo com as breves lembranças de instantes jamais apagados da nossa existência?

Quantos amores convertidos em ódio, em sangue, em morte. Era amor o que havia nessa existência assassina, ou somente o desejo de possuir?

Amor... Existirá amor verdadeiro?

Porque hoje amamos, ou julgamos amar e dias depois já limpamos a pessoa da nossa vida? Porque quando acaba o amor, quando os laços se desfazem, as vozes meigas se calam e as carícias se extinguem, queremos apagar algo tão profundo ao qual chamávamos amor? Porque necessitamos converter tudo que foi extinto num sentimento oposto? Estará o ódio pronto para consumir o ser quando o amor se vai?

Ah o amor... Os amantes... As lembranças... As vidas que se afastam, para não mais se quererem ver uma ao lado da outra.

Amará de facto um homem uma mulher? E uma mulher um homem? Ou será carência, medo da solidão, necessidade de amparo, qualquer tipo de interesse?

Amam-se os homens, amam-se as mulheres, porém nenhum amor será tão puro e grandioso como o amor de uma mãe pelo seu filho. Ou será que o amor é algo inalcançável para alguns seres?

Que ninguém se prive de amar.

Que nenhuma criança cresça sem amor.

Liliana Soares
Enviado por Liliana Soares em 22/12/2016
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