Vênus em Aquário

Ah, o amor... Logo eu que sempre tive milhões de razões para ir acabei criando raízes em seu solo infértil. Mas agora, quando nem mais me importa, peço para que não venha me oferecer suas desculpas de gosto efêmero. Minha dor suprema que já nem pedia licença foi convidada a entrar em nossa esfera, nosso projeto de mundo.

Não me toque, não me fale, não me gaste, nem me venha incomodar. Apenas deixe-me! Eu me calo, eu me confesso, eu me desabafo e eu sincero me converso. Então, deixe-me! Não venha bradar palavras pois palavras são mentiras e de mentiras embriagado estou. Deixe-me ser, deixe-me desfrutar da simples e súbita melodia do existir. Só não me deixe pensar que desculpas de gosto efêmero possam mudar algo ao nosso redor. Em mentiras você agora se projeta em mim, com verdades fiz de você o paralelo entre o começo e o fim.

Qual a minha cor? Nem o branco, nem o preto. Apenas o cinza, o meio termo. Represento tudo aquilo que perdeu sua graça mas que ainda existe pela simples beleza de existir.

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Autor: Felix

Instagram: 1fe.lix

Literatorta
Enviado por Literatorta em 13/12/2016
Reeditado em 23/04/2020
Código do texto: T5852575
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