Histórias da vida em poesia

Sou da vida viajante, um diligente contador

De história, que não são mera coincidência,

Todas são autênticas - traduzem

O imo da existência.

Meu olhar é por vezes ofuscado pela aguda luz

Da escuridão.

Não obstante, aprendi no afã da jornada nutrir à calma,

Sem delírios, a produzir colírios que curam a alma.

Transcendem a razão, renovam-se olhares –

restaura a visão.

Nessa ida abarrotada de vindas, vejo:

Estranhas paisagens, Cordilheiras de (pessoas)

Desmoronando-se.

Subjugadas pelas errôneas sortes lançadas,

Bel-prazer...

Assim, assisto através das janelas d’alma,

Um filme triste de se ver.

Cenas não profetizadas, não sonhadas,

Perderam-se no curso.

São artes dramáticas da vida; é preciso atuar,

Rever o percurso.

Nesses atores não vejo resiliência; fugiu a inocência,

O que pensar?

Difícil falar... não profetizo, apenas poetizo:

“As pessoas odeiam amar”.

E nessa turnê de descrever as histórias da existência,

Continuo contando e, hoje, em poesia profetizando:

Se as pessoas parassem de brincar e aprendessem

A amar, o mundo teria mais cor; haveria paz,

Existiria mais amor.

Surgiriam novos cenários, não se desmoronariam

As cordilheiras

E as alegrias, não seriam tão passageiras...

Por fim, sigo percorrendo meu caminho,

Vigilante...

Pois, sou da vida viajante,

Diligente contador, de histórias da existência.

Dilo Ormund
Enviado por Dilo Ormund em 10/11/2016
Código do texto: T5819666
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