CACHACEIRO

Cuspindo azedo

tremendo os dedos

lá vai o cachaceiro...

Sonhos, euforia e alegria,

um litro sustentado pelo gargalo

cindo dedos arrochando a confusão.

álcool, motivo de grandes cuidados,

por ele o cacheiro... Proteção.

Corpo passado pelos dias

odor de restos que nem moscas provam,

cão... Lambeu, caiu.

O cachaceiro ébrio esta sempre

cambaleando e jogando conversa fora

Nesse momento, enfim é: Rei do mundo,

entende de tudo nesse momento,

não precisa mais de nada.

Ama de mais, e bebe pela amada

sim... Hip, hip! Mais uma saideira

para rebater o pó da poeira

Um calombo na testa

feito por um poste hip, hip...

ainda falta uma dúzia de poste...

Dessa velha estrada.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 30/10/2016
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