CACOS D’ÁGUA

Corpo, de Barros, quebrado.

Manoel de. A lagartixa bebe água

Na sombra da galinha.

Patinha de meias rosinhas.

Corpo sem cabeça.

Braço em cima da mesa.

Pontos, vírgulas e apostos.

Tontura de pescoço que dançam

Nos andaimes da construção De Cabral, o João.

Fragmentos de comunicação.

Quebranto e Quebradas.

Cacos d’ águas.

Desperta o moderno despertador,

De noite, do galo e das fadas.

Na sombra, um dos touros de Picasso.

Enfrenta, enfurecido, um tecido vermelho.

Que se vê ao longe, voando, ao acaso.

Inaê Sodré
Enviado por Inaê Sodré em 29/10/2016
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