A MURIÇOCA

... Muriçoca, que quando é noite

Soca o ferrão no couro das costas

Ferroa como se fosse broca

Então entorta com bolha que póca

E em frenesi cossa... Como cossa?!

Levanta calombo burla alergia

Às vezes, até febre... Que agonia!

Do que adianta mosquiteiro?

Se não consegue se esconder

Por toda noite e pelo dia inteiro?

O corpo agora esta perrengue

Todo pontilhado de mosquito

Contendo o liquido da dengue

Que sofrimento... Jesus Cristo!

Com toda essa aflição

Pobre sobre a lei do cão...

Relento frio água e sabão

Cordas correntes, mandão... Mourão

E sobre o sono, aquele presente

A velha marca de insônia

Pontilhada pelo ferrão.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 28/10/2016
Código do texto: T5805992
Classificação de conteúdo: seguro