DOS RIOS QUE NÃO ME PASSAM...

      
RECORDANDO RIOS
   O Danúbio azulado recebe
   os beijos dos matinais enamorados,
   silhuetando-se sobre seu leito...
   Danúbio estende seu manto
   com seu ar de pedra líquida
   que até medra com tanta
   beleza...
   Toda ternura em teus olhos
    vejo, quando antevejo amando-te
    navegando o Tejo...
   Nós que somos amantes lembramos
  em delírios a lonjura do Nilo,
   e as barcarolas em Veneza...
   Ah ! quanta saudade do Tamisa,
   dos barqueiros do Volga...
   Mas saudades maiores temos,
  oh amada Maria, das sazonais
  águas gordas de quando o rio
  Paraíba enchia... te lembras...!
  Lá por trás de Itabaiana, Salgado,
  Pedro Velho, Junco Acauã...
   Agora estás lembrar, oh Maria...!
  Os rios, todos eles são belos,
   mas nenhum mais que o rio de minha
   aldeia, minha vida... !


  
  
  

 
Alkas
Enviado por Alkas em 05/08/2016
Reeditado em 05/08/2016
Código do texto: T5719453
Classificação de conteúdo: seguro