Cravíneas

Um dia.

Como outro qualquer

Elas estavam assim

Lindas pra mim.

Mas os dias, um após o outro

Transformam tudo e elas

Parecendo mortas

Viram sementes

Na aridez da terra fria.

Depois de uma chuva farta

Onde antes jaziam ressequidas

Eis que renascem garbosas

Descaradamente coloridas.

Faceiras ao vento, silfo alado

Que divulga aos quatro cantos

A outras vidas sedentas

O mais puro e doce perfume

O mais fino e puro mel.

Quanto a mim

Neste momento ensolarado

Fujo das dores vividas

Das mazelas do mundo.

Pura e livremente

Ensoberbado e mudo

Somente a contemplar

Crisalida
Enviado por Crisalida em 16/06/2016
Código do texto: T5668725
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