Nostalgia

Ao fechar os olhos lembranças vêm em meus pensamentos, criando asas levam-me a um universo esquecido e idealizado, perdido em meios a anseios e receios que por medo ou talvez descuido, eu fosse deixando-o para trás.

Batendo asas seguindo adiante na contramão do relógio, me vejo em meio aos sonhos e esperanças de uma doce garotinha que sem rebeldias e com um sorriso puro e inocente em meio a um abraço de pai e um beijo de mãe apenas vive, apenas brinca, apenas sonha.

Agora as lembranças fazem um retorno perigoso e apressadamente vem seguindo em direção favorável ao tempo... Quem é esta?... Por que está agindo assim?... Hein, não faça isso!...

E em meio a tantas frustrações, mergulhando na saudade, vejo as lembranças baterem as asas e subirem cada vez mais alto como se quisessem se distanciar de mim e eu ali contemplando tudo e sem poder fazer nada.

Nesse instante nostálgico finalmente percebo que deixei de ser a protagonista e me tornei apenas mais uma espectadora de minha própria história.