As dores que são minhas...

Eu conheço, imagino, todas as dores possíveis, que começaram, disseram, com o corte umbilical. Depois, veio a separação para começar a aprender, e me mandaram para uma escolinha do ABC e que foi o início de uma vida de aprendizagem e de dores…

Um dia, surgiu a dor da perda do primeiro namoradinho, filho do vizinho, e que foi acompanhada com muitas risadas dos adultos, inclusive irmãos…

Com o passar do tempo, surgiram muitas e muitas outras dores, com perdas de familiares, amigos, conhecidos, algumas delas provocadas pela morte, e outras, apenas, porque a distância foi maior do que o contato…

Depois, com a era virtual, surgiram os bloqueios de MSN, de Yahoo, e muitas „amizades“ morreram, provocando dores, também…

Nos últimos tempos, a própria situação confusa do Brasil, causou mais separações, mais dores e nem entendi o porquê…

Mas, agora, cheguei à conclusão de que espero que a união continue enquanto eu estiver por aqui, nesta vida terrena, pois não quero sofrimentos quando eu me for…

Porque, hoje começou o resto da minha vida, e quando acordei, senti que meu futuro é a partir de hoje, e que pode ser curto ou longo… Quem sabe?

Então, já senti muitas dores, mas espero que ninguém sinta por mim, a dor que se diz maior, porque sei o que é sentir a dor pela morte de outrem...

Ela é a minha despedida, e eu que me vou...

E quero, somente, o calor do fogo e que alguém jogue minhas cinzas, à luz de um belo luar, nas raízes de uma árvore qualquer, se não for pedir muito…

Não precisam escrever nada, mas se alguém quiser dizer quem eu era, que diga apenas, que mesmo com dores, fui feliz porque sempre amei o Amor…

St. Gallen-Suíça, 01.04.2016

Jurema Harder
Enviado por Jurema Harder em 24/04/2016
Reeditado em 24/04/2016
Código do texto: T5615125
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