Parem com a música!

Dias brancos nos sorrisos trancados a busca do amor... O coração bate na ânsia dele, daquele amor que ninguém da face da terra sabia onde estava, mas que o futuro o revelara. Antes a vida era calma, tocada no chão colorido (branco no preto). Depois dele, o solo foi esquecido, o céu passou a existir, mas eis que as belas nuvens não se parecem tanto com algodão doce. Nessa busca e chegada ao Amor, a pobre verdade se foi com ele.

Carente pobreza, perdeu-se tanto, mais tanto, um milhão de tantas vezes.Uma bucólica flor foi perdida na escuridão daquele grito chamativo e alucinante da paixão.O jardim se sente cada vez mais solitário, foi traído por ele (Ah, maldito amor!). Sem sol, sem luz, sem sua essência... O ar respira escuro.

De longe só vemos, a sombra ofuscada daquela pureza retirada de seu jardim, destemida comprou a passagem para a incerteza. E assim foi castigada pelo sol, que cansado de sua insensata coragem, não quis mais clarear seus dias.

Parem com a música! Pois a linda rosa, já desbotada foi vitima de uma extorsão... (que roubo mais cruel!) Desentregou-se a si mesma nesta estrada, distante, e longe de seu jardim. No percurso do sequestro esqueceu-se de que era uma flor.

E todas as flores, são FLORES!

Como resgatar essa flor que aos nossos olhos estão murchando?

As sirenes tocam, a vontade de ver a essência da flor é maior que tudo

Ela vive, existe, mas o céu, não a ver mais.

Nada mais se reproduz,

Em meio à ausência de sua própria luz.

Parem com a música!

O fundo negro destas letras dispensam qualquer som.

O grito da sirene invadiu os ingênuos ouvidos e anunciam:

Uma flor morre, na rua do cotidiano,

Enterrada em cada oceano.

Borboleta ao vento
Enviado por Borboleta ao vento em 18/04/2016
Reeditado em 18/04/2016
Código do texto: T5608737
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