Manuscrito de Risoflora

Eu vi o sapo que não morava no rio

Ele morava na beira mar, incrustado no Porto e abençoado pelos santos

O sapo não esperava sua companheira terminar de costurar o casaquinho de frio, pois ele era só e sua solidão era convicta

Seu banquete era leve e não incluía mosquitos e sim boas doses de vinho tinto acompanhado de um blues da Nina Simone

Ele não precisava falar pois seus versos falam por si só, e eu, a sua leitora mais assídua, fico aqui velejando nas águas do Capibaribe em meio a longos devaneios nos quais sou a sua musa e saboreio o seu paladar com gosto amargo envolvida em seus longos braços mesmo estando a milhas de distância...

E quem disse que sapo também não ama?

Apenas ele ainda não me encontrou...

(Nati M.)

Nati Mendonça
Enviado por Nati Mendonça em 16/02/2016
Reeditado em 16/02/2016
Código do texto: T5545016
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