Desconhecido

Chega a ser agonizante o fato de eu nunca ter certeza do que quero. Eu estou sempre indecisa sobre se tomo novas decisões ou se insisto nas antigas. Se eu sigo em frente ou tento mais uma vez.

É fato, eu sou muito indecisa sobre o que quero, também não se é de esperar outra coisa com a dupla presença de gêmeos no meu mapa astral. A presença tão forte que torna minha tripla taurina ser obsoleta às vezes.

A ansiedade do desconhecido na minha mente não me deixa dormir. São altas horas da matina e meus pensamentos pesam. Nem o natural me relaxa na brisa do que eu não entendo. É que na verdade, o desconhecido me apavora.

Eu gosto de ter o controle da situação, desde pequena eu sou um pouco mandona, um pouco tão muito. Eu tento controlar o incontrolável e as minhas ilusões quase sempre me confortam, mas com você não tem isso.

Quase que como um dejavú do mesmo sentimento que lembro sentir no ano que se passou. A certeza de que eu não consigo controlar certos sentimentos, o desconhecido que meu racional tenta tanto entender. Kant bem que disse que somos essa eterna briga entre o sentimento e a razão.

Porém Kant era filósofo e afirma somente palavras, eu quero fatos, pesquisas, eu quero entender. Por que nos apaixonamos? Por que o hipotálamo libera uma bomba de hormônios para aquela pessoa? São 7 bilhões de pessoas no planeta, por que justo aquela?

Seria a curva do sorriso que conforta? Seria o perfume que ativa a lembrança do jardim do lado da sua casa quando pequena? Ou as borboletas coloridas do mesmo jardim que se parecem tanto com as que estão no meu estômago nesse exato momento?

Não tem como saber e isso me apavora muito. O fato de como você me tem tanto mas ao mesmo tempo não tem. Eu tenho medo, tenho medo do meu apego tão súbito a pessoas breves. Mas como saberei se você é breve se não me permitir não é mesmo?

Lola S
Enviado por Lola S em 02/02/2016
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