Dança

Dança comigo, como se nunca existisse amanhã.

Dança comigo, como se eu fosse parte de ti.

No baile da vida, as danças são ritmadas como gritos sem sentido.

Cada par tem o seu.

Encontre um ritmo para mim.

Só sei dançar o ritmo da morte, nasci para bailar com ela.

O salão está vazio, ninguém mais sabe dançar no ritmo certo.

Em vez disso bailam fora do tom.

Quando dançam fora da música, cortam suas chances de elevar seu nível. Como bailarinos que não treinam e ficam para traz.

Somos bailarinos.

A cada encarnação nos é dada uma canção.

Cabe a nós encontrá-la.

Cabe a nós ter sensibilidade para ouvir a sutileza de nossa canção, que muitas vezes vem com ruídos de canções que já nos foram dadas em outras ocasiões.

Muitas vezes confundimos as músicas e dançamos com o par errado. Com o par de outra vida que já não nos pertence mais.

Aprendamos nossa canção, aprendamos a ritmar nossa vida, para que a próxima canção seja rica em letras e arranjos.