BANCO DO PEDRO

Nos anos setenta, ainda muito jovem, montado em burros, eu circulava pelo vilarejo de Banco do Pedro. Lembro-me das musicas que ouvíamos naquelas casas de mulheres que passavam as noites de sábado a disposição, para deleites, dos sedentos peões com suas unhas cheias de "polpa seca" de cacau. Que tempo maravilhoso! Recentemente passei por lá; não encontrei mais aquele cenário magico que hoje existe apenas em algumas memórias: burros, peões, noites chuvosas, mulheres da vida como eram conhecidas... Tudo passou! Tudo sempre passa! Restam apenas a lembranças memorizadas! Quando retornei ao Banco do Pedro senti falta principalmente do tempo; do meu tempo. Do tempo que some precipitando-se no passado. Tempo que nos deixa grávidos de nostalgias e cheios de pensamentos vãos!

Ton Poesia
Enviado por Ton Poesia em 18/01/2016
Reeditado em 25/01/2016
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