A MEU PAI

A meu pai

Diante dos teus escritos meus olhos petrificam.

Achei-me no direito de absorver tua natureza, em vão

pois ela é tua, e tua se faz inigualável

Tive a ousadia de furtar as palavras que te vi rabiscando , mas ela são tuas

Te busquei então!

Nas lembranças da menina pequena

pedindo colo

que nunca veio

Na memoria doída, daquele aperto de mão, que nunca senti

E do beijo paterno , que nunca existiu,

E te busco incansavelmente.

Encontro-te nas palavras que ti vi rabiscar

E vejo tua mão, acetinada

grafitando sonhos

Tua sensibilidade à mostra, lutando com o grotesco mundo, dentro de ti.

Fui pequena diante de ti,

Fui frágil, quebrável e,

calei minhas dores,

Perdoei as faltas, falhas

e dessabores.

Hoje...

Sinto tua ausência

Sinto teu silencio

Sinto teu amor.

Pirritinha
Enviado por Pirritinha em 25/11/2015
Reeditado em 04/04/2016
Código do texto: T5460323
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