Palavras Minhas

Palavras

O que posso eu fazer, se tudo o que está neste mundo me faz escrever?

Danço em mim, rodopio e navego.

Sinto tanto e nada se percebe?

Viajo com o passarinho pequenino,

que assobia nos meus ouvidos,

e sonho embalada com o som das ondas, azuis, verdes e por agora amarronzadas.

Aquele que chora e que se alegra me inspira.

O que grita e alveja.

O que se cala e o que foi calado.

O que não ama e fere,

Não sente e mata,

O que ama e se mata

Enche-me de horrores e de palavras.

Palavras são sonhos?

Não meu caro, palavras são sons.

da alma

do desejo

que não se apagam em mim

e nem me borra a maquiagem

Mas, cala.

E trava guerra dentro de ti e deles.

Que enche o poço da solidão,

que abre corações

e enjaula o indiferente.

Cura o doente.

Ilumina a cegueira

São minhas,

são tuas por que as vê,

as sente,

Mesmo quando mente

Fingindo não querer!

Elza Pena

Pirritinha
Enviado por Pirritinha em 23/11/2015
Reeditado em 23/11/2015
Código do texto: T5457930
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