Palavras
Guardei na gaveta papeis,
Papeis amassados de pão
com palavras soltas, fluentes
escritas na solidão.
Palavras mortas
Reflexo da minha alma
onde o descanso habita.
Texto sem sentido
Réstia de dor infinitamente doida.
Enfim,
Calei minha suplica
e fiz da indiferença, a vingança
do reles autor
que um dia roubou de mim
as palavras
que cruelmente foram
comidas do vento,
palavras guardadas,
na folha amassada de pão
agora,
Não tem dono
Somente solidão.