Feita a quem se acha demais

Há muito que não tento rimar,

então não me peça consideração,

nunca irei bem tratar

aquele que não olha pro chão.

Infeliz, não quer ver, nem pisar

aquilo que tem debaixo dos pés,

anda de venta empinada

e se nos olha é de viés.

Maldito, a terra há de comer

sua carne e os órgãos teus

seus ossos são como o pó desta terra,

assim como também são os meus.

Só não te firo a faca por que também és filho de Deus.

(esta prosa poética é um trecho de um conto meu, o narrador é um nordestino do sertão que se dirige a um aquém que se acha demais.**por isso o uso de linguagem regional.)

Duquesa Liveiaro
Enviado por Duquesa Liveiaro em 09/10/2015
Código do texto: T5409884
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