Um dia escolhi ser ignorante. (Então vivo mais feliz)

Os juízes bateram com o martelo,

E sentenciaram o meu ser de "Ser",

Sem sequer me conhecer.

Assim fazem com o mundo,

Por qualquer parecer,

Como que um pedículo social...

Não,

Não vou tomar a mal,

Mas este circulo vicioso,

É muito lastimoso,

Para estes pobres de alma,

Que me querem tirar a calma,

Numa tribuna a martelar,

Martelinhos de brincar,

E se me vão sentenciar,

Que seja num outro mundo,

Numa outra vida,

Depois da minha partida,

Para a terra de ninguém!

Apenas ouvem musicas tristes,

Quando simples alegremente rio,

Desta sociedade sem brio,

Que me agoira em calafrio,

Atravessando-se no caminho o meu,

Que é mais sombrio que o teu,

Iluminado mais que o seu,

O céu,

A terra,

E as trevas que os juízes trazem no coração.

Cansei de vos sentir a dor,

E todo um coração de rancor,

Desde que puseram o mundo,

Como mote de mea culpa;

Olha lá... Escuta!

Nós não somos iguais,

Não sou como os demais,

Sou apenas mais um alarde,

Que escreve com o próprio sangue,

O nome dos amigos,

Novos ou antigos,

Na vida, e na própria alma!

Sou um estranho em terra de estranhos,

Onde estranhamente,

Me entranho nalguns poucos quantos.

Família, amigos, e por vezes conhecidos,

Que não são esquecidos,

Mesmo que meio ausente,

Vivo no presente,

Relembro e aprendo com o passado,

E olho nos olhos o futuro,

De pulso firme e duro,

De empenho fadado,

Sem esquecer raízes,

Sem esquecer quem me bateu palmas,

E não viver na sombra de fantasmas!

Não!

Não tolero mais juízes sem batinas,

Pobres falsos ardinas,

Pobres almas,

Sem salvas,

Sem vida própria!

$Ferreira Carlos

Ferreira Carlos
Enviado por Ferreira Carlos em 01/08/2015
Código do texto: T5331424
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