Papel de pão

Nada tenho a declarar antes aos fatos, apenas recordar que não é nada.

Nada mesmo...

Não se preocupe com as minhas crises abstratas e essa mania boba que eu tenho de sonhar e idealizar!

O contrário do verso sempre será a prosa meu caro leitor, mas isso não faz de mim uma passageira nesse ônibus lotado que se chama a vida.

Já foi o tempo que um café barato me satisfazia, hoje meu paladar anda mais apurado.

Deve ser por isso que me perco em meus devaneios ilusórios cheios de contrapontos.

E quer saber?

Eu rio quando ouço que eu não devo chorar.

Porque não?

Chorar não é sinal de fraqueza, talvez frustração por não ter saído do jeito que escrevi os versos cuidadosos desse capítulo da minha história.

Acho que eu deveria ter escolhido melhor o papel, acho que foi isso...

Fica registrado, nunca mais escrever algo tão belo e perfeito em papel de pão!

Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 19/06/2015
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