Permita-me...
devanear, nobre senhor.
Permita-me amá-lo de longe
e de longe observar sua foto no monitor.
Permita-me imaginá-lo do meu jeito
com seus trejeitos e sem nenhum defeito.
Permita-me sonhar em seus braços
num abraço sem embaraços.
Permita-me meu corpo encontrar o seu
e te imaginar por um minuto sendo meu.
Permita-me ler os seus versos
e sonhar ser sua musa no anverso.
Permita-me entrar em sua vida
para que eu reencontre a minha,
tão distante e perdida.
Ferrenha é, nobre senhor,
essa ausência presente,
essa saudade latente
de alguém guardado
dentro de um sonho pungente.