JOGANDO A TOALHA


E nos pingos da chuva que embaçam a minha janela ponho-me a observar como os dias passam e nada muda. No entanto, olho para trás e vejo como tudo está diferente.
O tempo passou e curou algumas feridas. Outras tantas foram abertas. Cada vez mais me convenço que deveríamos vir com a etiqueta "Cuidado, Frágil". Muita gente ainda não sabe que humanos se quebram.
Jogo a toalha. Num gesto de glória, não de desistência. Uma toalha encharcada pelo suor de tantas e tantas tentativas. Caio de pé, sem arrependimendos.
Nunca lamento nada que me tenha feito sorrir, mas aprendi que velhos caminhos não abrem novas portas
Suzana França
Enviado por Suzana França em 23/05/2015
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