Você

O mapa, o tesouro, preciosidades infinitas, porções de beleza, a suave leveza e o teu coração.

A faca e o queijo, a fome, o desejo, a esquiva, o inexplicável.

A mando do destino, o tempo correndo desesperado me alcançou antes de toda areia que trazia consigo, tivesse escorrido.

Ele me contou coisas sobre o amor, e me falava que talvez não conseguiria me alcançar novamente se eu voltasse a correr. Assustado me perguntou de onde poderia vir tanto medo? Ora, se ele trazia uma dádiva, um presente de Deus.

Pobre do tempo, mal sabe ele que havia acabado ao longo de si, com quase todo mal que carregava, não sabia ele que ao me pedir atenção ainda um pouco ofegante, me traria notícias sobre você, portadora de tudo que me faltava, dona do meu coração.

O tempo é de fato implacável, mas por sorte ele não veio me aniquilar como faz com os enfermos, pelo contrário, entregou-me em forma de olhares e sentimentos a chance para viver, desfrutar, você, meu amor.

O mapa o tesouro, a faca e o queijo, elementos do que tem que ser, retrato do que está logo ali.

Você e eu, elementos de um amor que será testemunhado por ele, o mesmo tempo que nos preservou e não me deixou quedar-se silente no dia em que te pedir em namoro, debaixo de um céu estrelado, a noite, mas nas cores que achamos por bem enxergar, tal feito. 'Entra na minha vida?'.

O tempo, que é a medida exata da insignificância, mas nos ensina o sentido da paz, do amor e da esperança, o tempo, todo ele que só fará sentido, se for com você.