PELAS ESTRADAS- OS NOSSOS CAMINHOS

Pelas estradas

Os caminhos nem sempre são àqueles que escolhemos. Muitas vezes andamos por estradas pedregosas e os espinhos dos cardos assolam a nossa carne.

Muitas vezes os espinhos da ingratidão nos ferem, nos deixam amuados, ficamos desiludidos com o investimento de amor e carinho que dedicamos às pessoas a quem amamos e que nos devolvem em escárnio e ingratidão.

Escolhemos nossos caminhos com a certeza da segurança, mas por conta de muitas circunstancias acabamos por desviar-nos desse caminhos e andamos por trilhas tortuosas, íngremes, fechadas de florestas escuras e obscuras. As nossas noites nestas estradas são longas, às vezes tempestuosas.

Quando decidimos caminhar com as nossas próprias pernas, livres, autônomos, escolhemos os melhores caminhos.

Traçamos nossa rota por estradas tranquilas, ornadas de flores, arborizados e planas. Escolhemos por onde vamos passar, preferencialmente longe das mazelas humanas, longe das dores e das desgraças que assolam os seres humanos. Muitas vezes não olhamos para os lados ou para outras estradas onde desafortunados, exilados, expatriados e injustiçados de toda sorte perambulam, tropeçam, caem e sofrem.

Naturalmente como seres racionais buscamos sempre uma zona de conforto, onde as aflições não possam nos atingir e ou ferir as pessoas que amamos e que pelas nossas escolhas nos seguem.

Mas os nossos caminhos nem sempre são àqueles que escolhemos, primeiramente para que não passemos pela vida simplesmente, mas que a possamos vive-la intensamente.

Nesses caminhos que andamos é que nos deparamos com as dores do irmão. São pelos caminhos muitas vezes de difícil acesso que nos encontramos com nosso senso de humanidade, com a capacidade de poder olhar com os olhos espirituais e identificar no nosso próximo as suas dores e sofrimento.

Muitas vezes nas estradas de nossas vidas encontramos com pessoas oportunistas que tudo fazem para que caiamos em vergonha, seja pela oferta de negócios fraudulentos,, seja pela forma ou fórmulas inescrupulosas de lesar o próximo. Tomemos pois muito cuidado, pois esses caminhos fáceis podem nos levar a desonra.

Gostamos das caminhos largos, mas será que temos o cuidado para que nossa posição e status confortáveis não nos deixem soberbos? É bom lembrar que os caminhos de pessoas humildes são os caminhos em que o indivíduo assume os seus direitos e obrigações, erros e culpas sem resistir as tentações.

Vamos escolher nossos caminhos porque é um direito de todos os homens, mas que nesses caminhos nunca nos deviemos do amor a Deus para que a essência da humanidade nunca nos abandone.

E que se precisarmos mudar nosso trajeto por outras estradas menos confortáveis, que possamos aceita-la como uma dádiva do PAI, para que possamos lapidar a nossa alma com as coisas que realmente importem.

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

( São Mateus- 7:13)