TU ERAS PEDRA E PEDRA SERÁS

Na pedra eu cinzelo
Do mármore a mulher
Que sempre quis ter.
A bela amante ideal,
Como sempre sonhei.
Esculpo seu rosto,
Seu corpo perfeito,
Torno-me pleno
Escultor tão capaz...
Na pedra repasso
Meu sonho afinal,
A mulher ideal
A mim pobre escultor!
O bem tão sonhado,
Ela a mais linda,
Inteligente, sábia,
Mais carinhosa
De meus devaneios
Realizados. Mas...
Esqueci uma coisa:
Que coisa tremenda!!
Sendo eu a cria-la
Nem que dê minha vida,
E inerte permaneça,
Não posso retirar-lhe
A rigidez da inércia.
VIDA eu não posso dar a ela
Por que:
Eu não sou DEUS!

        

 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 01/07/2014
Reeditado em 01/07/2014
Código do texto: T4865170
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