ERA UMA VEZ O DINHEIRO
 
Cheio de si mesmo, lá vai ele; 
Achando que tudo pode,
E que todos estão submissos a sua lei.
Ah! Pobre mortal que não percebeu que o tempo passou,
E suas pisadas não deixaram marcas no coração
Daqueles que um dia tiveram que lhe servir,
Sua prepotência, e arrogância quebraram os laços mais caros
E mais profundos no coração do homem,
Deixando-o triste, abatido e sem forças para lutar e viver.
Ah! Pobre dinheiro quem és tu?
Que compras a casa, mas não o lar.
Que compras o livro, mas não a inteligência,
Que compras o alimento, mas não a digestão,
Que compras o remédio, mas não a saúde,
Que compras um leito de hospital, mas não a vida.
Que compras roupas, mas não a formosura do corpo,
Que pagas as contas das igrejas, mas não a salvação,
Que compras os terços, mas não a fé,
Que compras os computadores, mas não a PAZ.
Ah! Dinheiro quem és tu que tenta ditar as regras dos jogos, mas não a disciplina e ordem.
Ah! Dinheiro quem é tu que tem trazido ao coração do homem tanta corrupção e ganância, tanto egoísmo e tanta morte.
Para onde queres levar o SER HUMANO que já se encontra não apenas corrompido, mas desconfigurado em sua essência e beleza original?
                                                                                 Raimunda Santana