Eu e a Arte

Há um imenso preenchimento em mim, pois hoje participei de uma deliciosa dança circular.

Não tenho dúvida de que meu ser se eleva em contato com as artes.

Meu espírito flutua.

Fico alegre, sorridente, feliz.

Não há possibilidade de eu viver sem o contato com as artes.

Fico leve, energizada, suave, pra cima, em comunhão com o Pai.

Acontece como aconteceu aquela vez que fiz “amor com o cosmo”.

É algo inexplicável, não tem palavras que exprimam como estou neste instante.

Eu diria que estou na terra, mas que ao mesmo tempo estou no céu.

Às vezes sinto esta sensação de estado de comunhão com o Pai, num culto religioso.

Mas, o contato com a dança e a música simultaneamente faz-me sempre ter esta sensação.

Sem a arte eu sou um ser sem vida e sem cor. Fico cinza, sem expressão facial.

Fico vazia, triste. Sinto-me sufocada, o ar não entra direito em meus pulmões.

Quando a batuta de um maestro é erguida no ar, o meu coração bate no mesmo ritmo da melodia que será executada.

Ao apreciar uma linda tela, as cores nela deixada entram dentro de mim, meu olhar brilha. Meus olhos, não querem dela desviar. Fico feliz.

Um belo prato preparado com o maior esmero e amor faz todo o meu ser salivar de prazer e aumenta o meu apetite.

Um bom espetáculo de dança leva-me às nuvens. Vou para além do sol, chego até onde mora Deus.

Seja na música, culinária, dança, pintura, poesia ou em qualquer outra expressão artística para mim ela vale mais que uma oração, que um culto a Deus, pois vivenciar ou apreciar a arte já é estar em perfeita comunhão com o que há de mais Supremo e Belo no universo.

A arte é a manifestação, na terra, do próprio Deus e quando a praticamos ou a apreciamos entramos em contato direto com Ele e nos elevamos.

É por isso que sentimos um enorme bem estar e uma Suprema disposição. Esta é uma pequena descrição de como me sinto diante da superioridade da arte, falo aqui, da de alto nível.

A arte com “A” maiúsculo.

22/09/05