Na calada

Contenho em gestos o que extravaso nas palavras. Se assim não fosse, eu poderia me sufocar, porque nas entrelinhas do que não digo, um silêncio maior se estende e me revela... e me detém o som quando quero gritar o que não cabe mais dentro de mim...

nada mais faria sentido, não fosse o amor que me impulsiona e me faz correr todos os riscos, quando sei que às vezes, nem eu me compreendo... suspendo meus pensamentos e me lanço nos desvarios de uma grande paixão sem fim...

Não me aflijo, venci meus conflitos, navego livre por minhas ideias que chegam em centenas e centenas... minhas doces novenas intermináveis que compõem uma única oração,

clamando pelo encontro do verdadeiro amor!

Vestígios de dissabores não são observados por mim! Quero me abrir, me entregar por inteiro, porque quando sinto, sou o que sou e me atravesso, abandonando as tantas máscaras diárias, as encenações que a tantos agradam e diluem o meu torpor...

ser tantos não me absorve, pois o que me envolve é o que está dentro do que não sei, mas trago comigo... vislumbre desperto, íntimo abrigo... horizonte de meu ser e razão de meu amanhecer...

sigo além dos tropeços, das dores... feliz!

Nunca deixarei de ter o que quero ou o que quis!

Amar, para mim, é viver!

SATURNO
Enviado por SATURNO em 18/04/2007
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T454255
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