Tempo-(aos meus amigos) 23/X/2013
Eu vejo o tempo
passar ironicamente
à minha volta,
Não consigo dissipá-lo
A verdade é um
pote de doces
amargos.
Com o tempo
vem o sofrimento.
No lírico dissolúvel,
a redenção.
3 anos de suor e lágrimas!
Pintar a dor
não é escrevê-la
Poetizar a beleza,
não a traz de volta.
O tempo imperdoável
chama austera.
Em meio a amigos,
retorno no tempo.
Mas ao mesmo
TEMPO o perco.
É difícil balizar
a dor.
A deles e a minha,
nossos conflitos continuam
In-to-cá-ve-is.
Nossa revolta já tomou ar maduro
Ainda vejo a chama
do fogo em nossos olhos,
e nela mesma,a chama
que brotava na cidade.
Não!o poema não
a descreve de todo.
Nossa alma libertária
se esvai,mesmo que
não tenhamos noção disso.
A culpa é deles?
Ou a culpa é nossa?
Derrubaremos seus castelos
com nossa dor e
lavaramos-a de misericórdia
com nossas lágrimas.
Em cada árvore daqui
há uma lágrima nossa.
Lágrimas,gás,tiros.
São todos um só corpo.