Nada ainda, apenas uma boa ideia

Hospital ou prisão

Escola ou conselho

Parlamento ou partido

Alcateia ou modelo

Manequim ou advento

Promessa ou poder

Altercação ou labuta

Determinante ou imprópria

Condicionante ou própria

Arcabouço ou talhão minado

Planejado ou persuadido

Motejado e espremido

Bagaço do gemido

Mote célere

Mais do que a vida pode dar

Desmesurável batida extraviada

Motivo para a próxima piada

Que não se anuncia à luz do dia

Talvez em noite fria

Ou na pura fantasia

De um dia, se ver

Com olhos de vitrine

Ao fundo, escoras ineptas

Ao lado, os exânimes

À frente, somente a testa

Da besta desenfreada

Que se põe na madrugada

Á frente do seu tempo

Mais perto do fim

Corrige ou esconde

Borrando o risco

Da fina linha do traçado

Ao qual pouco temos aferido

E muito temos alterado

Minta que somos sensatos

Desmarque o que já foi acertado

Pelo espanto do apropriar

O que lhe foi passado

Dádiva que recompensa

Os buracos que pisamos

O quanto que causamos

Por nosso ledo engano

Aos que se renderam

Uma navalha como alento

Sucumbidos ao intento

De tirar a carola antes do tempo

Como se fosse o provento

Desse mítico bolero

Que o cantor é mudo

O quarteto se faz de surdo

Vive aquele que dança

Leonardo Pitanga
Enviado por Leonardo Pitanga em 27/09/2013
Reeditado em 16/12/2018
Código do texto: T4501381
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